Tocantins
26.09.2025
Educadores e estudantes da Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Sancha Ferreira, localizada em Araguaína, promoveram a 3ª edição do Dia D da Leitura, com o tema “Literatura Negra e Quilombola: vozes que ecoam”. A programação contou com apresentações de capoeira, encenações teatrais, rodas de conversas, recitação de poesias, exposições de cartazes e oficinas de tranças.
A iniciativa teve como propósito central fomentar a valorização da cultura, da história e das narrativas de povos negros e quilombolas, reafirmando a leitura como instrumento de educação, formação cidadã e promoção do respeito à diversidade.
O evento teve como parceria o professor Denilton Lopes Fernandes, do Colégio Militar Jardenir Jorge Frederico, que apresentou a roda de capoeira. E as apresentações da escola relembraram a trajetória de personagens como Abdias do Nascimento, dramaturgo e ativista proeminente pela defesa dos direitos da população negra no Brasil.
A ação também contou com a presença do professor Manoel Filho, representante da comunidade Quilombola Dona Juscelina, localizada em Muricilândia, que compartilhou saberes, tradições e experiências de ancestralidade. O conteúdo sobre respeito à diversidade humana esteve presente nas apresentações de poesia, ilustrações que foram produzidas pelos estudantes tendo como referência o livro “Felicidade não tem cor”, de Júlio Emílio Braz, escritor brasileiro de literatura infantojuvenil.
A diretora da escola, Cleidiane Pereira Magalhães, enfatizou a importância de a escola promover conversas sobre esses temas relevantes para a formação de cidadãos críticos e conscientes. “Trabalhar a literatura negra e quilombola na escola é fundamental para fortalecer a identidade dos nossos estudantes, combater o preconceito e valorizar vozes e histórias que muitas vezes foram silenciadas. É uma forma de mostrar que a leitura pode transformar realidades e abrir caminhos para uma sociedade mais justa e inclusiva”, ressaltou.
O evento reafirmou o compromisso da escola com a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares, ampliando a reflexão crítica e a valorização da diversidade.
O aluno Davi Souza Andraschko, 14 anos, do 9º ano do ensino fundamental, falou sobre suas aprendizagens. “Aprendemos bastante sobre as comunidades Quilombolas, o modo de viver deles, as tradições. Vimos a importância de compreender a história de personagens como Zumbi dos Palmares, Abdias do Nascimento, que trouxeram reflexões sobre o combate ao racismo”, frisou.
O estudante Caleb Silva Gomes, 11 anos, do 6º ano do ensino fundamental, disse que gostou muito da atividade. “Eu aprendi que têm muitos personagens importantes na cultura negra, como Machado de Assis, cientistas negros, sobre o valor da capoeira e da cultura africana”, contou.
O aluno Vitor Emanoel, 11 anos, do 6º ano do ensino fundamental, participou das atividades com apresentações. “Eu falei sobre um personagem que sofria bullying por causa da cor, mas era muito bom no futebol. E as apresentações e os estudos nos fizeram refletir sobre como os negros sofreram preconceitos”, declarou.
Edição: Ana Luiza da Silva Dias/Governo do Tocantins
Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins
Joselia de Lima/Governo do Tocantins