Estudantes da rede estadual falam dos professores que transformaram suas vidas

Tocantins

15.10.2025

Dentre tantos professores que fazem parte da vida do estudante, durante a educação básica, sempre tem alguns que inspiram, que fazem a diferença. Para a estudante Geovana Oliveira Corado, 16 anos, da 2ª série do ensino médio, do Centro de Ensino Médio Tiradentes, de Palmas, professores que fizeram a diferença em sua vida, foram Arionaldo de Santana Lopes e a professora de Biologia, Juliana Girardello Kern.

A professora Juliana está sempre em busca de oportunidades para os seus alunos. Ela desenvolve projetos, divulga os resultados e para ampliar as oportunidades ela sempre procura participar de feiras de ciências escolares. Recentemente, ela apresentou o projeto “Ciência na escola, saúde na comunidade: o protagonismo estudantil frente às arboviroses em uma cidade da Amazônia Legal”, na X Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic), realizada em Joinville, Santa Catarina. A equipe do Tocantins foi premiada na categoria relevância social, e a estudante Geovana foi uma das integrantes da equipe premiada. O projeto também ganhou uma credencial para participar da Feira de Ciências e Engenharia do estado do Amapá, que será realizada em Macapá, sem setembro do próximo ano.

“A professora Juliana é incrível. Ela me deu uma oportunidade maravilhosa, que foi participar da Febic, uma experiência que guardarei comigo. Sou grata por todo o seu esforço, não somente comigo, mas com todos os alunos. Ela é uma professora dedicada e esforçada”, falou Geovana.

Juliana Kern teve outros projetos que se destacaram, a exemplo, o projeto “Efeitos positivos do uso de subprodutos de dipteryx Alata (baru) e Hymenaea SP (jatobá) como fonte alternativa de alimentação”, premiado na 22ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Tecnologia (Febrace), realizada no período de 18 a 22 de março de 2024, no Câmpus da Universidade de São Paulo (USP). 

Esse mesmo projeto foi premiado na 8ª edição da Feira de Empreendimentos, Ciência, Inovação e Tecnologia de Palmas (Fecit 2023), realizada em Palmas, em novembro de 2023. E também foi apresentado na 9ª Ciência Jovem, realizada em Recife/PE, na Escola Técnica Estadual Professor Agamemnon Magalhães (Etepam), também em 2023.

Esses projetos são responsáveis por desenvolver novas habilidades nos estudantes e por ofertar oportunidades que lhes ajudam nas escolhas profissionais. 

Aprendizados que vão além do conteúdo

Sobre o professor Arionaldo, Geovana disse que ele lhe ajudou a ter uma nova perspectiva de mundo. “Ele foi importante porque promovia muitas conversas sobre a vida, o futuro, a responsabilidade com a turma. E, com isso, passamos a ter uma nova visão sobre a vida. Sou muito grata por ter tido ele como professor”, afirmou. Arionaldo é natural de Barreiras, Bahia.

Maristela Mariano cita os professores que mudaram a sua vida

A estudante Maristela Mariano Ferreira, 17 anos, está concluindo o ensino médio no Colégio Estadual Desembargador Virgilio de Melo Franco, em Paranã, e tem no seu currículo muitas conquistas e medalhas. Mas, para ser uma aluna premiada, ela contou com a ajuda de professores que acreditam no seu potencial.

Maristela acumula a medalha de prata na 14ª edição do Concurso Nacional Abracopel de Desenho, Redação e Vídeo, medalha de prata na Olimpíada de Língua Portuguesa e conquistou prata nos Jogos Escolares do Tocantins e medalha de prata na Olimpíada Nacional de Ciências.

Para ser uma aluna vencedora, ela contou com bons professores, entre eles, a professora de Matemática, Karitta Luana, e o professor de Física, Waldisney Almeida. “Esses dois professores estão sendo essenciais na minha jornada de expansão nos estudos. “A professora Karitta foi a primeira a me incentivar a participar de olimpíadas externas. Confesso que, no início, eu não tinha muito interesse nem uma visão tão aberta para essas competições. No entanto, com o tempo e o incentivo constante, eu passei a gostar de participar das olimpíadas”, frisou.

Maristela atualmente participa da banca de estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio, que é um módulo do Programa Futuras Cientistas, do Centro de Tecnologia Estratégicas do Nordeste (Cetene), que oferece atividades preparatórias focadas em ciências exatas e da natureza, para alunas do ensino médio da rede pública estadual. “Essa está sendo a minha experiência mais valiosa, muito mais do que as medalhas. E estou conseguindo organizar os meus estudos para o Enem, um passo crucial para quem sonha com o curso superior”, ressaltou.

Sobre o professor Waldisney, Maristela comentou que ele lhe ensinou a gostar das ciências exatas, principalmente, da Física. “Ele nos incentivou bastante com relação às olimpíadas externas. Um projeto especial e marcante que fizemos juntos foi a participação em uma feira tecnológica, realizada em São Paulo. Foi uma experiência incrível e, na ocasião, apresentamos o nosso projeto, que era um aplicativo educacional. Esses dois professores foram e continuam sendo fundamentais na minha trajetória, mostrando que o incentivo certo pode transformar a maneira como enxergamos e aproveitamos as oportunidades de estudos”, mencionou.

Olhar atento e incentivo constante fazem a diferença

A estudante Julia Pires Andrade, 13 anos, do 8º ano do ensino fundamental, do Colégio Estadual João XXII, de Colinas do Tocantins, gostaria de homenagear a sua professora de Língua Portuguesa, Thays Flávia de Oliveira. “Porque além de ela ser uma ótima professora e de administrar bem o conteúdo, ela vê a necessidade de cada aluno. Ela olha para os alunos de uma forma diferente, com mais atenção”, disse Julia.

Apesar de ter apenas 13 anos, a estudante Julia traça um caminho de sucesso na escola. No ano passado, ela foi premiada com uma medalha de prata, na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), no nível nacional; e a medalha de ouro, no nível estadual.

Joselia de Lima/Governo do Tocantins