Tocantins
26.09.2025
Estudantes da 3ª série do curso técnico em Agropecuária do Colégio Agropecuário de Almas participaram, entre fevereiro e setembro deste ano, do projeto “Raízes do Saber: Plantando Conhecimento no Campo”, que une a matemática, as práticas agropecuárias e a tecnologia educacional em um espaço experimental de cultivo.
A iniciativa surgiu com o intuito de tornar o ensino mais significativo e de aproximar o conteúdo das vivências reais dos estudantes do campo, promovendo educação interdisciplinar, inclusão e inovação pedagógica. A partir da constatação de que muitos estudantes apresentavam dificuldade em compreender a matemática foi criada uma “fazendinha experimental”, onde os estudantes passaram a aprender de forma concreta conteúdos como cálculo de áreas e perímetros, porcentagens, funções e análise de dados.
O professor de matemática, Bruno Costa Santos, destacou a importância dessa metodologia. “Nosso objetivo foi mostrar que a matemática não está apenas nos livros, mas também no campo, no plantio e nas medidas que os alunos utilizam todos os dias. Quando o estudante percebe que a disciplina pode ser aplicada em algo concreto, como calcular espaçamentos ou estimar colheitas, a aprendizagem ganha outro sentido”, revelou.
A professora do curso técnico em Agropecuária Luanda Oliveira reforçou esse caráter interdisciplinar. “A agropecuária é um espaço riquíssimo de aplicação prática do conhecimento. Unir o cálculo matemático ao manejo da terra e das culturas aproxima os jovens da realidade do campo e, ao mesmo tempo, forma profissionais mais preparados e conscientes do papel que têm na produção sustentável”, explicou.
Um dos maiores destaques do projeto foi a criação de um modelo em 3D da fazendinha, desenvolvido por estudantes, que utilizaram habilidades em programação e modelagem para construir um ambiente digital do projeto.
O estudante Tarcísio Carvalho, que criou o modelo junto com o estudante Tarcísio Carvalho e Riquelmy Souza afirma que foi uma experiência marcante. “Foi muito bom ver o resultado do que eu fiz, além de ajudar meus colegas, mostrou o nosso trabalho de outra forma”, pontuou. Já Riquelmy observou que a tecnologia fortaleceu o aprendizado coletivo. “Poder participar da construção do modelo em 3D foi especial e ajudou quem não pôde estar no campo a entender melhor o que fizemos”.
Gabriela Rossi/Governo do Tocantins