A história de Vitória inicia na luta pela vida e hoje é um exemplo dentro e fora das quadras em Vilhena

Jogos Escolares

26.06.2019

A cidade de Vilhena sediou a fase regional Cone-Sul dos Jogos Escolares de Rondônia (Joer), de 21 a 26 de junho, que contou com a participação de 865 alunos/atleta de 44 escolas dos municípios de Cabixi, Cerejeiras, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Pimenteiras e Vilhena, disputando sete modalidades.

Uma das modalidades, ainda pouco divulgada e praticada em Rondônia, é o Badminton, esporte dinâmico praticado entre dois ou quatro jogadores. Ainda que seja semelhante ao tênis, ao invés de uma bola, ele é jogado com uma espécie de peteca, chamada de volante ou birdie.

E como já disse o poeta Raul Seixas, “se é de batalhas que se vive a vida”, a história da prática do esporte dentro das escolas em Vilhena nos remetem a duas vencedoras. Avó e neta praticam o esporte e já são vencedoras.

A educadora física Maria de Lourdes do Nascimento trabalha na Escola Estadual Cecília Meireles e realizou um curso sobre badminton ofertado pelo Estado para incentivar a prática do esporte. Assim que retornou do curso, transferiu a neta Vitória Menezes da Silva para a sua escola para que a mesma praticasse a modalidade.

Vitória tem 15 anos e estuda no 9º ano e iniciou no esporte em 2017 e já em 2018 foi vencedora das fases municipal, regional e estadual, classificando-se, assim, para a fase nacional, onde terminou em 4º lugar, disputando a medalha de bronze. Neste ano já repete a dose estando classificada para a fase estadual que acontecerá em Porto Velho.

Segundo Lourdes, a neta sempre gostou de esporte “e quando eu apresentei o badminton foi paixão à primeira vista” disse entusiasmada. Mas nem tudo são flores e a Vitória foi sempre uma lutadora, afirmou a vó lembrando que a neta nasceu com apenas 950g, por ser prematura com 6,5 meses.

“Ela ficou internada por 45 dias para ganhar um pouco de peso e tive de assinar um termo de responsabilidade para retirá-la do hospital” afirmou a vó treinadora.

Disse que na época havia medo que Vitória sofresse algum atraso mental ou dificuldade motora, “mas nada disso aconteceu e hoje ela é um exemplo de aluna recebendo todo bimestre certificado de melhor nota e comportamento, além de ser uma atleta com grande potencial”, se orgulha Maria de Lourdes.

A vó e treinadora trabalha com outros 15 alunos/atletas com potencial de competição, mas sente falta de estrutura para o treinamento ideal.

Os treinos ocorrem na quadra da escola e, quando o tempo deixa, no paredão da parte externa também. “Consegui com o município um local para treinar somente aos sábados das 12 às 14h, mas o tempo é insuficiente e os alunos é quem tem de demarcar a quadra com fita” declarou Lourdes pedindo o apoio para um local ideal.