A Secretaria de Estado de Educação realizou esta semana, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a formação continuada em alfabetização para educadores do Ensino Fundamental. A capacitação inclui oficinas práticas para aplicação de estratégias pedagógicas e mentorias com especialistas, fazendo a integração entre teoria e prática e reforçando os conteúdos trabalhados na plataforma on-line, além de promover networking entre profissionais de diferentes municípios. Com carga horária total de 96 horas, a iniciativa se divide em 32 horas presenciais e as demais de modo remoto, por meio da modalidade de Ensino a Distância. Após a conclusão, os profissionais receberão um certificado da FGV.

A ação presencial, realizada em um hotel da Zona Sul do Rio, foi destinada a professores, coordenadores pedagógicos e técnicos gestores de municípios fluminenses, com o objetivo de apresentar metodologias inovadoras para alfabetização e recomposição de aprendizagens. A iniciativa acontece em regime de colaboração entre o estado e os municípios, no âmbito do Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada (CNCA).

— Estamos vivendo um momento histórico e que deve servir de inspiração a todos. Há muito tempo, nosso estado não participava efetivamente das políticas em relação ao desenvolvimento da educação ao lado dos municípios. Alfabetizar é complexo e, às vezes, doloroso, mas deve ser feito com amor e dedicação. Esse é o compromisso. A gente deseja a vitória, e o êxito do nosso povo é o sucesso da administração pública — destacou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.

O Compromisso Nacional tem como objetivo fortalecer a alfabetização de crianças na idade certa, promovendo formações continuadas de qualidade para educadores, gestores e técnicos municipais. O programa reconhece que o sucesso da alfabetização exige uma atuação conjunta, com responsabilidades compartilhadas, uma abordagem que permite alinhar esforços, otimizar recursos e articular ações que considerem as especificidades de cada território, respeitando as diversidades regionais e as realidades educacionais das redes públicas.

— Nós fomos apresentados ao Compromisso em 2023. Este tempo todo significou muito para nós. Foi um caminhar muito grande. Esta ação levou centenas de pessoas a refletirem sobre quais são os melhores caminhos para a alfabetização no nosso estado, ao lado de cada município, pensando nas suas especificidades, os seus cuidados, as suas histórias de formação – afirmou Myrian Medeiros, subsecretária de Planejamento e Ações Estratégicas da Seeduc-RJ.

Esta política pública reafirma que a alfabetização deve ser inserida como direito essencial de todas as crianças brasileiras, a ser assegurado até o final do 2º ano do Ensino Fundamental, estabelecendo, entre seus princípios, a promoção da equidade educacional – sendo considerados aspectos regionais, socioeconômicos, étnico-raciais e de gênero –, a colaboração entre os entes federativos e o fortalecimento das formas de cooperação entre estados e municípios.

— Temos que caminhar juntos, de mãos dadas, e pensar a alfabetização de forma libertadora. Com essa perspectiva, a gente terá um resultado melhor não apenas no Ensino Médio, mas para toda a vida de nossos estudantes — enfatizou Myrian Medeiros.

Com isso, a estrutura do programa de formação contempla tanto o suporte técnico quanto o pedagógico necessário para que os professores se sintam preparados e confiantes em sala de aula, ampliando suas capacidades e, consequentemente, impactando a trajetória educacional de milhares de pessoas. Cada criança alfabetizada na idade certa não é apenas uma estatística a ser celebrada, é uma história de transformação pessoal, familiar e comunitária.

Foto: Ellan Lustosa