Alunas da rede estadual são selecionadas para o Programa Jovens Embaixadores

Sergipe

26.04.2022

As alunas Clarisse Liz Rosa Borges, do Centro de Excelência Atheneu Sergipense (Aracaju), e Maria Nicolle Souza, do Colégio Estadual Djenal Tavares de Queiroz (Moita Bonita), foram as duas sergipanas selecionadas para participar do Jovens Embaixadores, um programa de intercâmbio de três semanas nos Estados Unidos da América destinado a estudantes do Ensino Médio das escolas públicas municipais, estaduais e federais. A iniciativa é patrocinada pela Embaixada dos Estados Unidos.

Em Sergipe, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) é a instituição parceira do programa, tendo direito a uma vaga. Mas nesta edição, excepcionalmente, a Embaixada dos Estados Unidos selecionou as duas alunas que obtiveram maiores notas e que melhor atendiam ao perfil do programa.

A seleção é realizada em várias etapas. Dos 107 candidatos inscritos na primeira etapa da seleção, 11 foram pré-selecionados, e, após a conferência de toda a documentação, nove candidatos estavam aptos a participar da prova escrita. Após o exame escrito, foi realizada uma entrevista online, por membros da Embaixada, com as duas candidatas que melhor atendiam ao perfil do programa, além da análise das notas e dos projetos sociais que elas realizam em suas comunidades.

Este ano o intercâmbio será realizado no período de 27 de junho a 19 de julho. Para a coordenadora estadual do JE em Sergipe, professora Célia Gil, “a Seduc está de parabéns com esse resultado tão auspicioso. Termos duas estudantes participando de um intercâmbio dessa magnitude, tão concorrido nacionalmente. Isso é muito gratificante e demonstra a qualidade dos nossos alunos e, consequentemente, a qualidade do ensino oferecido pela nossa rede. Estou muito feliz”, disse ela, ressaltando que este ano foram mais de seis mil alunos de todo o Brasil que concorreram às 50 vagas.

Para a diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase/Seduc), Eliane Passos, “foi uma excepcionalidade termos duas estudantes selecionadas, e isso diz muito sobre o trabalho desenvolvido pelos técnicos do Dase envolvidos no programa, e diz muito sobre os nossos alunos. Tudo o que estamos precisando neste momento é evidenciar boas práticas, o empenho dos estudantes em se destacar. Estamos muito felizes com esse resultado, que mostra as condições do ensino da rede pública estadual”, declarou. 

Expectativas

As duas jovens estudantes estão bastante ansiosas para a experiência do intercâmbio. Clarisse Liz Rosa Borges, de 17 anos, estuda no 3º ano do Ensino Médio no Centro de Excelência Atheneu Sergipense, em Aracaju. O projeto social de que ela participa em sua comunidade, e que foi analisado pela seleção, foi o “Associação de Jovens Atuantes”, que ajuda a pessoas carentes com doações, desenvolvimento do pensamento crítico na juventude, promoção da cultura, criando uma comunidade onde as pessoas tenham melhores condições de vida e oportunidades, e construindo jovens protagonistas nas questões políticas e sociais.

Ela conta que quando descobriu o resultado ficou bastante surpresa e feliz. Segundo ela, ao se inscrever, não tinha a dimensão do programa, e em alguns momentos duvidou de que chegaria à final. Desde pequena Clarisse tem o sonho de conhecer os Estados Unidos e estudar lá. “Saber que eu vou finalmente realizar meu sonho é gratificante e ao mesmo tempo surreal. Eu espero aproveitar todos os momentos e oportunidades da melhor forma, dar o meu máximo no decorrer do programa e conhecer as outras pessoas que vão participar dessa experiência comigo. Nesta edição, a participação de nós duas mostra aos estudantes da rede estadual que eles também são capazes de alcançar seus sonhos; que não é porque nosso estado é pequeno que não podemos alcançar coisas grandes”, afirmou.

A sua companheira de intercâmbio será a Maria Nicolle Souza, de 17 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Djenal Tavares de Queiroz, em Moita Bonita. O seu projeto social é o “Girl Up”, que tem foco na igualdade de gênero, incentivando meninas a se tornarem ativistas, levantarem suas vozes e lutarem pelos direitos das mulheres.

Ao ficar sabendo do resultado, ela sentiu um misto de emoções. “Meu sonho de ir para os Estados Unidos começou quando eu comecei a aprender inglês sozinha e entrei nesse mundo das oportunidades. Vi que muitas coisas eu poderia conquistar na minha vida por meio desse idioma e, de fato, eu estou conquistando. Eu espero não apenas conhecer pessoas, mas também aprender e ensinar sobre o meu estado, sobretudo sobre a minha pequena cidade no interior de Sergipe”, declarou.