Amazonas
12.11.2025
A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realizou, por meio do Instituto de Ciências Periféricas (ICP), mais uma etapa do projeto ‘Seiva.Dados’. A iniciativa busca incentivar práticas pedagógicas inovadoras, baseadas em metodologias ativas e no uso crítico e criativo das tecnologias digitais.
Ao todo, são mais de mil alunas, de 1ª e 2ª série do Ensino Médio, pertencentes a cinco escolas da rede pública de ensino, trabalhando temas fundamentais como justiça social, saberes territoriais e protagonismo juvenil. O projeto traz ainda o protagonismo feminino onde as alunas da rede estadual desenvolvem projetos autorais interdisciplinares ancorados na realidade amazônica.
No período de 03 a 06 de novembro, as alunas participantes do projeto promoveram uma mostra parcial de suas pesquisas desenvolvidas para a iniciativa ‘Seiva.Dados’. As atividades iniciaram na Escola Estadual (EE) Manoel Rodrigues de Souza, seguido da EE Roberto dos Santos Vieira e EE Ruy Alencar, EE Nathalia Uchoa, e encerrou, no dia 06/11, na EE Jairo da Silva Rocha.
EE Jairo da Silva Rocha
Na EE Jairo da Silva Rocha, localizada no bairro São José Operário, zona leste de Manaus, às 11 estudantes participantes, divididas em dois grupos, vivenciaram uma experiência imersiva nas áreas de meio ambiente e análise de dados durante o decorrer da semana.
“Elas mostraram um pouco desses dois meses de projeto que temos feito aqui na escola. Até agora, estamos na coleta de dados, onde elas estão começando a buscar possíveis soluções para os problemas”, explicou Suellen Gonçalves, uma das instrutoras do Seiva.Dados.
O protagonismo estudantil
Com a participação de 11 alunas, a EE Jairo Silva Rocha trouxe a questão da análise de dados a partir da ótica ambiental por meio de dois projetos desenvolvidos, um voltado para a temática da reciclagem e outro para abranger o tema das lixeiras viciadas.
A professora de Língua Portuguesa e uma das responsáveis à frente do projeto, Emannuella Costa, explicou que a iniciativa insere as estudantes em um papel importante de cidadania ativa, colocando-as como principais autoras daquilo que elas desejam ver no mundo.
“É com o intuito de trabalhar isso nas meninas, melhorar a visão delas sobre o mundo, trazer uma visão mais crítica e uma cidadania ativa. Que elas sejam realmente agentes de transformação”, completou a professora.
Agentes de transformação
Durante os dois meses de preparação, as alunas realizaram investigações no bairro, conversaram com moradores e fizeram análises de quais os principais problemas ambientais da região. A partir da investigação foram traçados planos de ação para mitigar os problemas.
Um dos projetos voltados para a problemática das lixeiras viciadas busca, além de ouvir a população do bairro, solucionar o problema com a criação de uma lixeira sustentável. O projeto foi desenvolvido pela equipe da estudante Hisabella Miranda, 17 anos, da 2ª série do Médio e para a aluna foi uma experiência enriquecedora.
“A denúncia foi feita, o lixo foi retirado e agora nós vamos partir para a parte da construção de uma lixeira bem estruturada com vazamento para o chorume para aquela comunidade, porque lá a coleta seletiva não pode passar porque a rua é inacessível” disse a estudante.
A mostra final do projeto com a apresentação dos protótipos desenvolvidos pelos grupos acontecerá em dezembro.
TEXTO: Andrya Pietra
FOTOS: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar