Minas Gerais
07.05.2025A Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) iniciou, nesta quarta-feira (7/5), a campanha “Colora sua matrícula, declare sua história!”, uma mobilização voltada aos estudantes e responsáveis legais para a autodeclaração de cor/raça na matrícula escolar. A iniciativa busca estimular o sentimento de pertencimento racial nas salas de aula e qualificar os dados coletados para o Censo Escolar da Educação Básica.
A campanha reforça a importância da identificação racial como instrumento para a construção da identidade dos estudantes, o fortalecimento da diversidade nas escolas e o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a equidade e o combate ao racismo e às desigualdades sociais.
Como participar
Os estudantes com 16 anos ou mais podem procurar a secretaria da escola em que estão matriculados e realizar a autodeclaração. Já os alunos com até 15 anos precisam ter a declaração realizada por seus responsáveis legais, que devem comparecer à unidade escolar.
A recomendação é que a atualização da informação seja feita preferencialmente até o dia 28/5, data-base do Censo Escolar 2025. No entanto, a SEE/MG destaca que o incentivo à declaração deve ser contínuo ao longo do ano letivo, com o engajamento de gestores, professores e demais profissionais da educação.
Grupos raciais
Atualmente, os grupos raciais disponíveis para preenchimento no Sistema Mineiro de Administração Escolar (Simade) e no Educacenso seguem a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São elas: branca, para quem se declara como tal; preta, para a pessoa que se identifica como preta; e amarela, voltada a indivíduos de origem oriental, como japoneses, chineses e coreanos.
A classificação parda se aplica a quem se reconhece como parda ou se identifica com a mistura de dois ou mais grupos raciais, incluindo branca, preta, parda e indígena. Já indígena é destinada a quem se declara indígena ou índia, independentemente de viver em terras indígenas ou em outras áreas, como quilombolas.
Também existe a opção “não declarada”, mas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), essa categoria dificulta a compreensão da real diversidade étnico-racial do Brasil.
Por isso, a campanha destaca a importância de preencher corretamente o campo de cor/raça, contribuindo para que os dados reflitam com mais precisão a composição da população estudantil mineira.