A Comissão Nacional de Educação no Campo (Conec) promoveu nesta quinta e sexta-feira (19 e 20) um encontro para discutir a implementação do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). O representante e secretário de Educação do Acre, Daniel Queiroz Sant’Ana, alertou que a implementação do Pronacampo deve estar muito bem articulada.
“A educação do campo é recheada de especificidades. O caso das escolas indígenas de Roraima é um exemplo. O acesso é tão restrito que é feito somente por helicóptero”, disse o secretário. Ele destacou que não só o Pronacampo, mas a maioria dos programas do governo federal é padronizada, enquanto o País conta com as mais distintas realidades.
Durante a reunião, o professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Antônio Munarim, relatou o histórico para a elaboração do decreto 7352/2010, que dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Ele disse que está preocupado com a definição dada pelo decreto à escola do campo. O texto define que escola do campo também é aquela situada em área urbana, desde que atenda predominante a população do campo. “É preciso destrinchar os critérios usados, para que os recursos não sejam repassados indevidamente”, disse.
Ascom/Consed