Com o tema ‘Plano Nacional de Educação 2024-2034: a política de Estado para a garantia da educação como direito humano, com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável’, o Fórum Estadual de Educação realizou nesta segunda-feira, 13, no teatro Atheneu, em Aracaju, a Conferência Estadual Extraordinária de Educação 2023, encontro preparatório para a Conferência Nacional Extraordinária de Educação (Conaee 2024).

Em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), a etapa estadual da Conaee teve como objetivo reavaliar as emendas indicadas nas cinco conferências intermunicipais, realizadas no período de 23 a 27 de outubro nos territórios sergipanos, escrever o relatório final com sugestões de Sergipe para o Plano Nacional de Educação, além de votar os 30 delegados que levarão as propostas para a Conferência Nacional Extraordinária de Educação, a ser realizada em Brasília/DF, no período de 28 a 30 de janeiro de 2024.

O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, destacou a conferência como mais uma oportunidade democrática de discutir a atenção básica para a próxima década. Ele elencou itens indispensáveis à garantia de uma educação inclusiva que não podem faltar no relatório final, como a educação e a qualidade das unidades escolares na primeira infância, a escola inclusiva e participativa, o território de equidade e as avaliações de impacto. “A escola inclusiva deve permear as discussões em nível nacional. Precisamos trabalhar o processo de inclusão, e aqui estão educadores com a possibilidade de levar essa pauta e propor melhorias. Espero que cada segmento aqui representado aproveite bastante este momento”, disse.

Com uma plateia formada por secretários municipais de Educação, gestores, professores, alunos, integrantes dos movimentos sociais e sindicais ligados à Educação, o procurador-geral do Ministério Público de Contas de Sergipe, João Augusto Bandeira de Mello, pediu iluminação para todas os presentes, por entender que a conferência é um momento muito simbólico por traçar o futuro da educação. “Precisamos de um planejamento de trabalho que entenda onde estamos, ilumine onde queremos ir para, a partir  daí, trabalharmos os mecanismos necessários para que possamos chegar lá”, pontuou.

Representando a Educação dos municípios sergipanos, a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) em Sergipe e no Nordeste, professora Josevanda Franco, em seu momento de fala, destacou a educação inclusiva como uma pauta a ser lembrada durante todo o evento. “Precisamos construir caminhos para que crianças e adolescentes com demandas diferenciadas saiam da invisibilidade. Precisamos colocá-las na pauta da conferência, na pauta do Plano Nacional da Educação e, acima de tudo, nas estruturas orçamentárias para que se faça uma educação inclusiva verdadeira. Pensar em inserir, em garantir o acesso como também a permanência e o sucesso desse indivíduo no universo escolar”, destacou.

A coordenadora do Fórum Estadual de Educação, Christiane Almeida, deu as boas-vindas a todos e explicou que as conferências intermunicipais foram momentos de diálogo para traçar as emendas ao Plano Nacional de Educação, de forma participativa, democrática, baseadas no documento-referência publicado pelo Fórum Nacional de Educação. “Analisamos o plano antigo e faremos o relatório final das emendas com contribuições para um novo plano”, disse.