EC CAP do Paranoá é modelo de inovação educativa

Distrito Federal

03.09.2019

Proposta busca incentivar o interesse da criança pelo aprendizado


Para os 456 estudantes da Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá, o futuro já chegou. A unidade escolar, inaugurada em 2018, tem como proposta a expansão da prática pedagógica para além dos muros da escola. Em vez de salas de aula, há espaços de aprendizagem; no lugar de um currículo definido apenas pelos professores, há projetos coletivos construídos para atender a realidade das crianças.

Segundo a diretora Renata Resende, a proposta é inovadora e igualmente desafiadora. “Desde o início, buscamos sensibilizar a comunidade porque o novo assusta. O objetivo é proporcionar uma aprendizagem significativa, que leve em conta a vivência das crianças, além de um olhar mais atento às singularidades”, explica Renata.

Discutir inovação educativa não se restringe ao uso dos recursos tecnológicos digitais. A proposta das Comunidades de Aprendizagem (CAP) é possibilitar espaços de aprendizagem onde todos são responsáveis, todos ensinam e todos aprendem. Embora contemplem a educação como uma construção coletiva, tal liberdade não significa que não sigam o que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). “Os dispositivos pedagógicos são diferenciados, mas definidos segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, destaca a diretora.

O futuro da educação

Com o intuito de discutir o futuro da educação, profissionais participaram da Formação da Rede de Comunidade de Aprendizagem. O evento contou com a presença do professor José Pacheco, fundador e idealizador da Escola da Ponte, em Portugal, unidade que é referência para as Comunidades de Aprendizagem.

Desde o início, a CAP do Paranoá tem sido orientada pelo professor José Pacheco, bem como pelo Fórum Autonomia, grupo de extensão coordenado pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB).

Durante a formação foi ressaltada a importância de despertar o interesse da criança pelo aprendizado. “Em meio a tanta tecnologia, a escola não pode se restringir a um modelo do século passado. A aprendizagem precisa fazer sentido para o aluno. Além disso, é preciso desconstruir o imaginário sobre a proposta, uma vez que a escola necessita do apoio de toda a comunidade escolar”, ressalta a diretora.

Reportagem: Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF
Fotografia: Dênio Simões/Agência Brasília