Equipe de robótica de escola estadual de Nova Iguaçu se classifica para o Fira Brasil

Rio de Janeiro

09.09.2025

Estudantes de escola estadual da Baixada Fluminense conquistaram vaga na principal competição de robótica do país. O Spartan Team, equipe de robótica formada por estudantes do Colégio Estadual Bernardino Mello Júnior, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, conquistou o 3º lugar na categoria U19 – Missão Impossível da etapa estadual do Fira, campeonato de robôs autônomos. Com o resultado, após disputas emocionantes, o time garantiu a tão sonhada classificação para a etapa nacional da competição, que será realizada em Santo André, São Paulo, de 25 a 27 de novembro deste ano.

– Foi uma experiência incrível. Cada teste, cada erro e acerto nos trouxe até aqui. Estar entre os melhores do estado é muito mais que um pódio, é um sinal de que estamos no caminho certo – destacou Julia Baptista Alves, aluna da 1ª série do Ensino Médio e uma das integrantes da equipe classificada.

O Fira Brasil é um campeonato nacional de robótica, parte da Federação Internacional de Robôs Autônomos, que serve como etapa classificatória das equipes brasileiras para a Copa do Mundo de Robótica. Os times são formados por estudantes, técnicos e pesquisadores, que competem em desafios que exigem o uso de robôs móveis autônomos, fomentando a criatividade e o desenvolvimento de habilidades tecnológicas. O evento tem como objetivo estimular a inovação e a cultura maker, promovendo a robótica para interessados de todo o país.

– É sempre uma honra participar do Fira. Cada competição é única e traz um aprendizado novo. O 3º lugar nos enche de orgulho e nos motiva a chegar ainda mais fortes para a etapa nacional – comentou o diretor-geral do colégio, Guilherme Machado, um dos principais incentivadores da robótica na rede estadual de ensino.

O Spartan Team é um dos times mais tradicionais no cenário da robótica no Brasil, com diversos prêmios no país e no exterior. Dentre as conquistas, em 2024, a equipe ficou com o terceiro lugar geral na competição Missão Impossível, para alunos até 19 anos, no Robo World Cup Fira 2024, uma competição internacional que reúne estudantes de diversas partes do mundo para demonstrar suas habilidades e soluções inovadoras no campo da tecnologia.

A robótica no cenário educacional

A robótica educacional desenvolve a criatividade dos alunos, o raciocínio e a lógica na construção de maquetes e de programas. As aulas incentivam o trabalho em equipe, a cooperação, o planejamento, a pesquisa e a tomada de decisões, além de promover o diálogo e o respeito a diferentes opiniões. Também trabalham a interdisciplinaridade, com conceitos de diversas áreas, como linguagem, matemática, física, eletricidade, eletrônica, mecânica, arquitetura, ciências, história, geografia e artes. E o projeto desenvolvido na escola está colhendo frutos para o surgimento de novos programadores e desenvolvedores.

A secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, uma grande incentivadora desta atividade, acredita que a prática tem o objetivo de promover uma política pública de ampliação dos acessos às tecnologias de inovação, assim como o fomento à cultura maker em todas as unidades escolares da rede.

– O cenário da robótica é muito mais do que um quadro futurista. Ele é inspirador. A robótica não utiliza somente as ciências exatas. Ela trabalha também essa capacidade de criação, toda essa questão cognitiva de atenção, de fazer, de acontecer, de dar certo. É um componente curricular que só vem enriquecer a qualidade do conhecimento. – afirma a secretária.

O time formado por alunos da escola da Baixada Fluminense já se prepara para novos desafios. Um dos pontos altos será o início dos trabalhos com o novo robô do FTC (First Tech Challenge) em 2025. A proposta é desenvolver um projeto ainda mais inovador, integrando programação avançada, design arrojado e estratégias de alto nível, preparando a equipe não apenas para competir, mas para se destacar ainda mais no cenário nacional e internacional da robótica educacional.

– Ver os alunos se dedicarem, trabalharem em equipe e alcançarem esse resultado é gratificante. Essa classificação e todo o trabalho que estamos fazendo mostram o potencial que temos para crescer ainda mais – resumiu a professora Monique Lourdes Gustavo Elias, técnica da equipe.

Foto: Divulgação