Escola de Cristalândia realiza atividades do projeto Batuque

Tocantins

17.11.2021

Com o retorno das aulas presenciais, os estudantes do Colégio Estadual de Cristalândia trabalham as atividades do projeto Batuque, que é uma referência na instituição de ensino. E nesta quinta-feira, 18, às 10h30, serão realizadas as atividades de culminância do projeto, com apresentações de dança, poesia e música.

As ações do projeto Batuque fazem parte do Projeto Político Pedagógico da Escola e os seus conteúdos integram as orientações da Lei no 11.645, de 10 de março de 2008, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial, de forma obrigatória, a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

E como ações de preparação para a Semana da Consciência Negra, a escola promoveu oficinas de bonecas negras, de grafite e realizou um simulado de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

A professora de História e idealizadora do projeto, Elizabeth Aires Leite, explicou que os estudos dos conteúdos referentes ao projeto Batuque, edição 2021, tiveram início de forma remota, por meio dos grupos virtuais e das aulas ministradas pelas plataformas digitais.

Para ter mais segurança na realização do projeto, todos os alunos envolvidos já tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e foram tomadas todas as medidas de segurança orientadas pelos órgãos de Vigilância Sanitária, como o uso de máscaras e ênfase na higienização das mãos.

A estudante Estela da Costa Sales destacou as novas aprendizagens adquiridas por meio do projeto. “Percebemos que ainda há muito preconceito na sociedade, mas que todos são iguais e devemos lutar pelos nossos direitos e por um mundo com mais igualdade de oportunidades”, comentou Estela.

A aluna Isis Eveliny Freitas Leandro disse que acompanha o projeto desde 2016, e era um sonho participar do Batuque. “O projeto abre portas, faz com que a gente olhe para a vida e o mundo de uma forma diferente. É uma oportunidade para dar voz aos alunos, que possam falar de suas ideias e sentimentos. Vimos o quanto é lindo ser negro e estou orgulhosa por fazer parte de todas essas atividades”, enfatizou Isis.

O projeto Batuque completa 18 anos, com uma trajetória de prêmios, reconhecimentos por sua autenticidade e pelos resultados alcançados ao longo dos anos.

A professora Elizabeth destacou a importância do projeto na formação dos jovens e na promoção de uma cultura de paz. “Desde que foi criado, em 2004, o projeto Batuque só teve ganhos. É um espaço para discutirmos as questões raciais na escola, e que os alunos possam identificar situações de racismo nas falas, nas brincadeiras, presentes na escola, nas famílias e na comunidade e que aprendam a combater essas práticas racistas. E podemos  apresentar aos alunos uma oportunidade para que os negros se reconheçam e se valorizem negros. Muitos alunos aprenderam e replicam esse aprendizado. E, ao longo desses anos, percebemos que a aprendizagem de fato acontece, é um trabalho diferenciado, que os alunos se envolvem”, explicou Elizabeth.