Rio de Janeiro
03.10.2025O Ciep 495 Alberto da Veiga Guignard, de Angra dos Reis, no Sul Fluminense, promoveu um evento especial de conscientização, em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). A ação teve como foco o Setembro Verde, campanha de luta pela inclusão da pessoa com deficiência, e o Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio. A iniciativa faz parte do projeto ‘Vivências Integradas – Conectando Mundos e Habilidades’, realizado mensalmente na unidade escolar, com o objetivo de promover a interação entre as instituições, sensibilizando os alunos em relação à inclusão e à diversidade, desenvolvendo habilidades de comunicação e empatia, e fortalecendo os laços entre escola e comunidade.
— O projeto de atividades mensais com a Apae é uma das experiências mais ricas e transformadoras que promovemos em nossa escola. Mais do que visitas, cada encontro é uma vivência construída com afeto, respeito e propósito. Trabalhar previamente com nossos alunos temas como inclusão e empatia faz toda a diferença: prepara o coração e a mente para interações verdadeiramente significativas. É gratificante ver o protagonismo dos nossos alunos se manifestando em gestos de cuidado e acolhimento — disse a diretora-geral Ana Lúcia Couto Torri Felix.
O Ciep desenvolve, durante todo o ano, atividades de conscientização com alunos e toda a comunidade. ‘Conexões que transformam’ é base temática de 2025, com projetos de inclusão, filantropia e cidadania. São desenvolvidas atividades diversas, incluindo palestras e exposições, abordando temas como o preconceito e bullying. A ideia do projeto é conscientizar os alunos e a comunidade sobre a importância da inclusão e proporcionar aos assistidos atividades diferentes fora da instituição, além de divulgar a existência e a importância da Apae na região.
— Estou há pouco tempo na cidade, vim de Valença, e muito feliz com o projeto. Dancei muito e também estou na banda do Ciep. Eu me divirto demais — comentou Custódio Antônio da Silva, aluno da Apae.
Letícia, aluna da 2ª série do Ensino Médio do Ciep, também gostou de ter participado da ação, ao lado de estudantes da instituição.
— Eles são muito carismáticos e felizes. Cada um tem o seu jeito de falar, de brincar, e isso nos contagia. O ‘Conexões que Transformam’ é um projeto muito lindo, com todo mundo envolvido. Tudo isso vai amadurecendo nossos pensamentos e aprendemos, assim, a conviver com todas as pessoas — explicou a jovem.
Um dos grandes pilares do Ciep é “trazer toda a sociedade para a escola”, conectando-se aos desafios apresentados na região, propondo soluções e criando novas alternativas para o desenvolvimento local, com um projeto acadêmico baseado na integração, inclusão e responsabilidade socioambiental. Um dos orgulhos da escola é o processo de cultivo na Horta Histórica, em que se aprende, na prática, como fatores climáticos influenciam na natureza no dia a dia de cada um.
— Tudo o que realizamos só é possível com o apoio dos profissionais da educação, dos alunos, das famílias, de redes sociais locais e da comunidade do entorno. Apesar dos obstáculos, sabemos do papel essencial e da força transformadora da educação, construída com a participação de todos. Seguimos trabalhando com responsabilidade e dedicação para construir uma escola que forma, acolhe e transforma — contou Ana Lúcia, na direção da unidade desde setembro passado.
Com atividades interativas, os alunos do Ciep podem vivenciar, ao longo do ano, a importância da empatia e da convivência com a comunidade, a partir de processos de inclusão, práticas e diversidade, promovendo a cidadania, a cooperação e o respeito. A unidade trabalha com um ciclo de ações, resgatando o sentimento de pertencimento e valorizando o protagonismo dos alunos.
— A troca de experiências é fundamental para estabelecermos um regime de colaboração, avaliação e, principalmente, interação. É uma oportunidade para promover mudanças significativas e proporcionar uma aprendizagem mais consolidada e cidadã para os nossos estudantes — destacou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.
Foto: Ellan Lustosa