Escola Estadual Predicanda Lopes do Amapá promove aula especial em celebração da cultura indígena

Amapá

03.05.2024

Os estudantes da Escola Estadual Predicanda Lopes participaram de uma aula especial de celebração da cultura e identidade indígena, em Macapá. Com direito a exibição de filmes, rodas de conversa e práticas de pintura corporal, a iniciativa está alinhada com o Plano de Governo da gestão, que apoia políticas públicas de respeito e celebração dos povos tradicionais.

Cerca de 35 estudantes indígenas frequentam a unidade de ensino nos três turnos. A atividade aproximou os alunos das etnias que habitam o território amapaense, e aconteceu com as turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com a coordenadora pedagógica da unidade, Keyla Vasconcelos, a ação concluiu um mês de programações dentro de sala de aula.

“Celebramos o Dia dos Povos Indígenas ao longo de abril inteiro, com uma troca de conhecimentos entre os alunos das comunidades originárias e urbanas. Houve momentos de produção artística, que agora estão expostas nesse encerramento”, explica a coordenadora.

A jovem Jusilene Miyu, de 21 anos, foi uma das alunas indígenas da instituição, e voltou como convidada para a programação especial. Na ocasião, a ex-estudante conta como a experiência escolar contribuiu para o seu desenvolvimento pessoal.

“Quando eu cheguei em Macapá, eu não sabia falar português. Já sofri preconceito por isso, mas encontrei na escola um lugar acolhedor e que me permitiu honrar a minha família. Por isso, é importante trazer a cultura indígena para a escola, para que outros alunos se sintam confortáveis”, explica a estudante.Já para a aluna Sabrina dos Santos, de 21 anos, a experiência de estudar com povos de origens diferentes é enriquecedora para o processo de ensino-aprendizagem, além de contribuir para o engajamento nas aulas.

“Tem vários alunos indígenas na minha turma. No início a gente tinha dificuldade de se entender, mas acontece uma troca muito legal de culturas e com o tempo tudo fica mais fácil. Todos saem ganhando com essa interação e aprendem a respeitar as diferenças que fazem parte da sociedade”, conta Sabrina.