Estudante da Rede Pública Estadual é selecionada para participar da Febrace na USP

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08.03.2024

Com projeto intitulado “Macrofotografia Botânica”, a estudante do Ensino Médio Técnico em Marketing, Karolina Guarani, da Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) Papa Paulo VI, em João Pessoa, ficou em 1º lugar na XII Feira Talento Científico Jovem 2023, promovido pelo Departamento de Biologia Molecular (DBM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Com a colocação, a estudante foi selecionada para participar da 22ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (FEBRACE) 2024, que ocorrerá de 18 a 23 de março, na Universidade de São Paulo (USP).

O projeto, orientado pela professora de Biologia, Danuta Correia e pelo professor de física, Marcílio Moraes, tem o objetivo de proporcionar a imersão do mundo microscópico das plantas da ECIT Papa Paulo VI, destacando a beleza e complexidade. Além de integrar a arte da macrofotografia e a biologia, reforçando e estimulando a observação do meio ambiente e a importância da conservação.

A apresentação do projeto, na UFPB, aconteceu em novembro de 2023, onde foram expostas as macrofotografias feitas pela estudante. Ela registrou as plantas com um smartphone com lentes macro e também por câmera DSLR com lente 50mm acoplada a tubos extensores para fotografia macro e flash com adaptações para o tipo de fotografia.

As imagens selecionadas passaram por tratamento de realce das cores e também compuseram a exposição “Explorando o Invisível” nos corredores da ECIT. A interação entre a arte da macrofotografia e a Biologia proporcionou uma abordagem interdisciplinar, enriquecendo o entretenimento dos estudantes sobre a biodiversidade local.

No projeto, a estudante Karolina conseguiu reunir duas coisas que gosta: plantas e fotografia, o que despertou nela a vontade de se especializar na área, desejando cursar o superior de Ciências Biológicas.

"Eu sempre gostei muito de plantas no geral e de fotografias, e quando eu percebi que eu poderia usar isso em um projeto eu fiquei ainda mais animada, é uma forma de arte, além de você ver a biodiversidade de vida que tem dentro da escola. Aprendi muitas coisas novas sobre as plantas que eu nem imaginava que tinha. Agora a expectativa é apresentar o projeto na Febrace em São Paulo", comentou.

Danuta Correia, ressaltou que a observação das plantas possibilitou aos estudantes conhece-las em suas estruturas, funções e tipos, além de aprofundarem o conhecimento dentro da biologia e da botânica.

"Quando se fala em pesquisa científica sempre visualizamos laboratórios e cientistas de jaleco, bem distante da realidade dos nossos estudantes, mas quando mostramos para eles que ciência se faz também com coisas que estão em nosso alcance, eles se interessam mais. Então, quando Karolina me chamou para fazer o projeto, conseguimos avaliar muitas possibilidades", finaliza a professora.