Estudantes alagoanos têm palestra sobre 130 anos da Lei Áurea e monarquia brasileira

Alagoas

04.06.2018

Texto de Ana Carolina Lima

No ano em que o Brasil relembra os 130 anos da assinatura da Lei Áurea, que decretou a abolição da escravatura do Brasil em 13 de maio de 1888, a Escola Estadual Princesa Isabel, no Cepa, vivenciou a data de uma maneira diferente. Na segunda-feira (28), seus alunos puderam conhecer mais sobre o fato histórico e sobre aquela que dá a nome à sua escola – e responsável pela assinatura do decreto: a Princesa Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon e Bragança, ou simplesmente, Princesa Isabel.

Para entender melhor o fato, os estudantes tiveram uma palestra ministrada pelo professor universitário Alexandre Toledo, integrante do Círculo Monárquico Brasileiro, grupo que tem como objetivo estudar e resgatar a história do Brasil no período monárquico. O evento contou ainda com a participação da Confraria Princesa Isabel, formada por ex-professoras da unidade de ensino e que entrou no clima da atividade vestindo indumentárias da época da monarquia.

A palestra foi dividida em dois momentos: o primeiro, onde Toledo explicou sobre a abolição e as consequências políticas deste ato para o país; e, o segundo, sobre a emancipação política de Alagoas, focando na figura do rei de Portugal, Dom João VI, que oficializou o desmembramento alagoano da capitania de Pernambuco em 16 de setembro de 1817.

“É necessário resgatar os estudos sobre a importância da Lei Áurea. Além disso, a palestra serviu também para dar uma sensação maior de pertencimento dos alunos em relação à escola. Sempre é momento de reviver a história e os personagens que fizeram do país o que ele é hoje”, afirma Toledo.

Momento enriquecedor

Sônia Suely, gestora geral da escola, diz que o evento surgiu a partir de um convite do professor Alexandre e da ex-gestora e presidente da Confraria Princesa Isabel, Madalena Oliveira. A ideia era falar sobre a personalidade que nomeia a instituição de ensino e a sua importância para a história brasileira.

“Aceitamos o convite por acharmos que essas visitas são muito enriquecedoras, não só para os alunos. Muita coisa que o Alexandre falou propiciou descobertas também para os professores. Além disso, os alunos prestaram bastante atenção e absorveram tudo que estava sendo passado”, relata.

A estudante Lídia Alves aprovou a iniciativa. “É muito bom aprender mais sobre a história, principalmente a da Princesa Isabel, que dá nome à nossa escola. É uma história que deve ser conhecida estudada”, conclui a garota.