Estudantes ganham bolsas em universidade internacional

Secretaria de Educação do Rio de Janeiro

02.03.2018

Gabriel Luiz Rosa Ferreira Klen, Guilherme Luiz Pinto dos Santos e Letícia dos Santos Cardoso, que acabaram de concluir o Ensino Médio no Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Souza – Intercultural Brasil-China, em Niterói, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já estão com os passaportes carimbados rumo à Universidade Normal de Hebei, na China. Os jovens embarcaram, nesta sexta-feira, dia 2, para o gigante asiático, onde participarão de um curso de aperfeiçoamento de Mandarim e cultura chinesa.  Após a capacitação, de seis meses, eles farão um exame para ingressar no curso superior daquele país.

Graças a uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) do Rio de Janeiro e a Universidade Normal de Hebei, os alunos do Colégio Estadual Joaquim Gomes de Souza podem concorrer a bolsas para cursar uma faculdade na China. A unidade foi inaugurada em 2014, sendo a primeira escola pública de Ensino Médio do país com foco em Ciências Exatas (Matemática, Física e Química) e proficiência em Inglês e Mandarim, em horário integral.

Há quatro anos, Guilherme Luis Pinto dos Santos, de 19 anos, não almejava morar e nem estudar fora do país. A vontade de ingressar em uma universidade no exterior surgiu durante uma visita ao país chinês, em 2016, quando ele participou do Summer Camp, um curso de verão na China.

– Quando entrei na escola, visava capacitação profissional para conseguir um emprego após terminar o curso. Porém, durante a viagem a Hebei, eu me apaixonei pelo país e pela cultura milenar chinesa e mudei completamente os meus planos. A meta, agora, é fazer uma faculdade na área esportiva e trabalhar na Ásia – disse, com determinação, o jovem, que nasceu e mora em São Gonçalo.

Natural de Itaboraí, Letícia dos Santos Cardoso, de 18 anos, não conhecia quase nada sobre o país chinês até ingressar no colégio. O contato com o Mandarim despertou na aluna o desejo de se aprofundar no estudo da língua e, quem sabe no futuro, lecionar na escola, onde aprendeu o idioma.

– Eu sabia que tinha chance de estudar na China, mas não imaginava que tudo aconteceria tão rápido. Ainda tenho dúvidas se farei graduação de Relações Internacionais ou Linguagem, que é equivalente ao curso universitário de Letras, aqui no Brasil. Se eu decidir pela especialização na Língua Chinesa, vou me empenhar bastante para dar aula no Brasil-China. Seria a realização de um sonho – derreteu-se a estudante, que também participou do Summer Camp.

O gosto pela Matemática levou Gabriel Luiz Rosa Ferreira Klen, de 19 anos, ao Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Souza. Aprovado para cursar o Ensino Médio em outras instituições, como a Escola Naval e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), o jovem optou pela unidade de Charitas para aprimorar seus conhecimentos em Ciências Exatas.

– Eu não poderia ter feito melhor escolha. O ensino da escola, em horário integral, é excelente. Além do foco em Matemática e da proficiência em Inglês e Mandarim, ao longo do curso participamos de vários eventos interculturais dentro e fora da escola, entre os quais, o Chinese Bridge, um concurso cultural de proficiência em Mandarim para alunos do Ensino Médio, que nos aproximou ainda mais da China. Meu objetivo é conquistar uma vaga na faculdade de Comércio Exterior ou Relações Internacionais e, depois, seguir carreira internacional – finalizou o gonçalense.

Experiências por meio de intercâmbios

A participação em intercâmbios despertou a vontade dos alunos em estudar na China e, também, ampliou o conhecimento sobre a cultura chinesa. Um dos exemplos é o Summer Camp, um curso de verão. Na metade de 2017, um grupo formado por mais de 20 estudantes do Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Souza – Intercultural Brasil-China participou da iniciativa. Lá, os jovens visitaram pontos turísticos, aperfeiçoaram o idioma e conheceram instituições de ensino de referência.

Além da experiência de visitar e conhecer a China, os estudantes disputaram um “campeonato de futebol da amizade” com os alunos chineses. Em tempo, o time de brasileiros foi campeão do torneio esportivo.