Foi lançado, na tarde desta quinta (4/2), o Pacto da Educação Brasileira contra o Zika. O pacto articula ações conjuntas do Ministério da Educação, das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e entidades ligadas à educação para o enfrentamento ao Aedes aegypt. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se reuniu com representantes do Governo Federal e de 110 municípios, 22 estados, além de instituições e organizações públicas e privadas, aderiram ao Pacto da Educação Brasileira contra o Zika em cerimônia realizada, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Na mesa de abertura o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou a importância da mobilização e da informação para o enfrentamento do mosquito, que além do vírus Zika também pode transmitir dengue e febre chikungunya. “As escolas são, talvez, a melhor resposta que nós possamos ter neste momento para fazer esse combate, para criar esta consciência e fazer essa mobilização”, disse o ministro.

“Nós somos 60 milhões de pessoas na educação. Não há nenhuma estrutura na sociedade brasileira que esteja organizada com mais de 200 mil salas de aula, em coletivos organizados, onde a informação pode chegar e onde nós temos força para mobilizar um efetivo que pode chegar a 150 milhões de brasileiros que têm uma relação direta com a escola”, afirmou Mercadante.

O secretário estadual de Educação do Amazonas e vice-presidente do Consed, Rossieli Soares da Silva demonstrou total confiança "que todas as secretarias estaduais e municipais estarão continuamente mobilizadas. Ele disse que "inicialmente, estão sendo realizadas ações nos próprios estabelecimentos de ensino". Rossieli reforçou que a partir do dia 19 as redes estarão atuantes para orientar a comunidade educacional e todas as famílias. "As redes de educação estarão aliadas com as demais instituições para dar o exemplo no combate ao mosquito", afirmou.

Experiências em curso

O secretário de Educação do Rio de Janeiro e vice-presidente do Consed, Antônio Neto, reforçou a importância desta mobilização e o especial envolvimento da comunidade educacional. Segundo o secretário, no estado do Rio de Janeiro, já existe desde o ano passado a campanha "#10min contra a dengue: faça sua parte!", que incentiva protagonismo da juventude no combate ao mosquito. "A juventude precisa atuar e ser engajada na mobilização diária de combate".

No estado do Ceará, o secretário de educação Maurício de Holanda, citou o exemplo de mobilização realizado pelo estado, que sensibiliza os estudantes, especialmente do Ensino Médio, no processo pedagógico das escolas por meio das disciplinas correlacionadas a temática como exemplo da Biologia. No DF, o secretário Júlio Gregório, destacou que as ações tem sido constantes e lembrou "que devemos ser persistentes com a mobilização e o engajamento de todos".  

Já o secretário de educação da Paraíba, Aléssio Trindade, comentou sobre a mobilização do estado por meio dos ‘faxinões’, em todas os prédios públicos, para evitar a presença no mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika. E também a iniciativa do aplicativo “Aedes na mira”, desenvolvido pela Companhia de Processamento de Dados da Paraíba (Codata) para celulares da plataforma Android, que por meio da colaboração do cidadão monitora e identifica  possíveis focos do mosquito.

Pacto da Educação Brasileira contra o Zika

O Pacto foi constituído a partir do reconhecimento o Brasil e o mundo estão diante de uma grave emergência em saúde pública provocada pelo aumento da proliferação do mosquito Aedes aegypti e também das doenças transmitidas por esse vetor: a dengue, a febre Chikungunya e a Zika; E considerando ainda a dimensão, capilaridade e capacidade de mobilização das comunidades escolares e educacionais em todo o território brasileiro para o controle à proliferação do Aedes aegypti;

A partir do dia 13 de fevereiro, 250 mil homens das Forças Armadas passarão a trabalhar no combate a criadouros do inseto por todo o país, prioritariamente em 356 municípios pré-selecionados, dentre eles as 115 cidades que concentram grande quantidade de casos de microcefalia, doença associada ao vírus. 

No dia 19/02 será a vez da comunidade se engajar na campanha, participando das atividades periódicas de luta ao mosquito, em todas as Escolas Públicas do país.

Segundo o termo do pacto - a Educação, dentro do “Plano de Ação do MEC para o Enfrentamento ao Aedes aegypti” e do “Plano Nacional para o Enfrentamento à Microcefalia”, deve ter a escola de educação básica como núcleo de mobilização territorial e social para combate ao vetor, em especial seus criadouros, e orientação à população de modo geral, com intermédio da comunidade escolar.

Além do MEC e Consed assinaram o Pacto a Associação Brasileira de Instituições Educação Evangélicas - ABIEE; a Associação Brasileira das Universidades Comunitárias - ABRUC; a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior - ABMES; a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais - ABRUEM; a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior - ANDIFES; a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil - ANEC; o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB; o Conselho Nacional das Instituições de Rede Federal de Educação Profissional Cientifica e Tecnológica - CONIF; a Empresa Brasileira dos Hospitais Universitários Federais - EBSERH; a Federação Nacional das Escolas Particulares – FENEP; a Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais - FLACSO; o Fórum Nacional de Educação - FNE; o Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF; a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura - OEI; a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO; a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES; a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação - UNCME; a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação - UNDIME e a União Nacional dos Estudantes - UNE.

De acordo com o MEC, entre as ações previstas está a distribuição de material educativo para mais de 2,7 milhões de professores e gestores da educação básica. A pasta também pretende assinar o Pacto da Educação Brasileira contra o Zika, no qual secretarias estaduais e municipais de educação se comprometerão com a campanha.

Com informações do MEC e signatários.