No rastro da sustentabilidade

Pernambuco

08.05.2018

Na Escola Técnica Estadual (ETE) Francisco Jonas Feitosa Costa, em Arcoverde, é assim: os estudantes são conscientizados sobre os cuidados necessários com o meio ambiente enquanto adquirem conhecimento. Com oficinas que tem a sustentabilidade como bandeira, os estudantes aprendem técnicas de reaproveitamento de alimentos, jardinagem, sabão ecológico e reciclagem de papel.

As oficinas são projetos de professores da instituição. Eles identificaram, junto com a gestão da escola, um perfil empreendedor e social nos estudantes e desde então passaram a propor projetos voltados para essa temática. Adelmo Bezerra e Katharina Lucena, professores de física e biologia, respectivamente, são responsáveis pelas oficinas de sabão e papel reciclado. Nesta última, a intenção é que o produto final seja utilizado nas tarefas do dia a dia, durante a rotina da escola. “Estamos em fase de teste, produzindo uma pequena quantidade para identificar como podemos utilizá-lo. Mas já estamos treinando os estudantes para que a produção seja ainda maior e, no futuro, todo o papel descartado por eles seja reutilizado”, comentou Katharina Lucena, professora de biologia.

Enquanto o papel reciclado ainda está em fase de teste, o sabão ecológico é produzido em grande escala. A oficina foi criada no ano passado e tem contribuído com a sociedade. Os estudantes doam parte do sabão produzido nas oficinas para comunidades carentes. “O sabão é fabricado a partir do óleo de cozinha que já foi utilizado, os jovens vendem parte do produto por um valor simbólico para manter a produção ativa. A outra parte é doada, e com essa atitude eles aprendem também sobre a solidariedade”, comentou.

A escola também possui oficinas de compostagem, jardinagem e uma horta fitoterápica, projetada pelo professor de Biologia, Lourival Pereira da Silva, instalada no pátio. A horta complementa a merenda da escola e mantém ativa uma farmácia fitoterápica, a fim de auxiliar os estudantes que se queixam de dores de cabeça e náuseas, por exemplo. Nos canteiros estão mudas de arruda, babosa, hortelã e capim santo. “Além dessas, temos também algumas mudas de coentro plantadas. Apesar de não se enquadrar na categoria fitoterápica, o coentro é bastante utilizado pelas merendeiras, que utilizam a erva aromática para temperar os alimentos dos estudantes”, diz Lourival.