Noventa estudantes alagoanos das redes pública e privada foram homenageados pela conquista de medalhas na edição 2018 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).A cerimônia de premiação ocorreu nesta segunda-feira (26) no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Ao todo, o estado de Alagoas totaliza 546 premiações na Olimpíada – 456 Menções Honrosas, 77 medalhas de bronze, 12 de prata e uma de ouro. Esse número representa um recorde em relação à edição anterior, quando o estado contabilizou 87 medalhas.

Destas 90 medalhas, 84 são da rede pública e seis da rede particular. E dentre os 84 medalhistas da rede pública, 29 são da rede estadual – um crescimento de 70% se comparado com a edição anterior, quando a rede estadual somou 17 medalhistas.

O coordenador da OBMEP em Alagoas, o Professor do Instituto de Matemática da Ufal, Adelailson Peixoto, destacou a importância da conquista, mostrando quantos competidores cada premiado precisou superar. “Em um universo de 18 milhões de participantes em todo o Brasil, cada aluno premiado com uma Menção Honrosa precisou superar 340 competidores. Um a cada 2770 alunos obteve a medalha de bronze, enquanto um a cada 9000 competidores alcançou a prata. Já o medalhista de ouro teve que superar 36000 alunos”, calcula.

Parceria - Adelailson falou ainda das bolsas de iniciação científicas recebidas pelos medalhistas e dos programas de formações ofertados aos professores da Educação Básica. Na ocasião, ressaltou a importância da parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e as Gerências Regionais de Educação (Geres) para a formação dos professores. “Conseguimos percorrer as 13 Geres em oficinas para 520 professores”, conta o coordenador.

Representando a Seduc na cerimônia, a superintendente de Rede da Seduc, Roseane Vasconcelos também ressaltou a importância da parceria Seduc/ Ufal/Geres e evidenciou a mobilização da rede estadual para a as Olimpíadas. “Tivemos 100%de nossos alunos inscritos na OBMEP e as Gerências Regionais tiveram um papel fundamental na mobilização de cada escola e professor”, comenta.

Roseane lembrou também do papel da proficiência em matemática na melhoria dos índices educacionais e do crescimento de Alagoas na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). “Saímos do penúltimo lugar e avançamos dez posições, com médias 5.2 nos anos iniciais do ensino fundamental, 3.9 nos anos finais e 3,5 no ensino médio”, informa Roseane.

Superação – Cada medalhista trazia consigo uma história de superação. Um deles é Matheus Pereira, bronze pela Escola Estadual Elza Soares, de Quebrangulo. “A minha maior motivação para ganhar a medalha foi o desejo de me superar. Confesso que antes não era muito focado nos estudos, mas hoje busco me esforçar cada vez mais e espero conquistar uma nova medalha na edição 2019 da OBMEP”, conta Matheus.

Já a estudante Maria Karla Barbosa, de Coité do Noia, comemorou a conquista de uma prata pela Escola Estadual Álvaro Paes, totalizando quatro medalhas na competição – sendo as três primeiras de bronze, uma pela Escola Municipal José de Sena Filho e duas pela Álvaro Paes.

“Tenho a sensação de dever cumprido e fico muito feliz que a minha última medalha tenha sido uma prata. E por saber o que a OBMEP pode fazer na vida de um estudante, tenho o desejo de continuar a trabalhar com a Olimpíada e proporcionar esta mesma experiência a outros alunos”, revela a garota, que, atualmente, cursa Matemática no campus Arapiraca da Ufal.