O papel do pai e a nova realidade imposta pela pandemia

homenagem

08.08.2021

Texto e fotos: Clícia Araújo/SEE

Aprendemos toda vez que pensamos sobre o que determinado momento nos trouxe. Essa é a conclusão do servidor público e designer gráfico Paulo Edson Alves dos Santos e também do comerciante Agnaldo Dantas sobre a experiência de ficar mais tempo com as filhas, desde o início da pandemia, o que ocasionou o fechamento das escolas.

Para o servidor público a pandemia trouxe muitos desafios, mas cuidar da filha, Esther dos Santos de 11 anos, estudante do 6º ano da escola Neutel Maia, não é um deles, já que esta função sempre foi compartilhada com a esposa Danielly dos Santos.

Paulo Edson, em mais um dia de rotina de estudos da filha Esther. Foto: Clícia Araújo/SEE

O comerciante Agnaldo Dantas conta que se reversa com a sua ex-esposa, Francisca Feitosa, mãe da Mariah de 7 anos, estudante do 2º ano da Escola Ramona de Castro, para dar conta da rotina diária de estudos da filha, seja pela tv ou atividades impressas disponibilizadas pela escola.

“Esta pandemia nos aproximou ainda mais, a mãe dela e eu conseguimos dar mais atenção para a Mariah, estamos mais juntos dela. Tenho o maior prazer em dedicar um tempo para estudar com a minha filha e criar uma rotina de estudos para que ela não fique muito tempo no celular e perca o interesse pelas aulas”, relatou o Sr. Agnaldo Dantas.

O Sr. Agnaldo Dantas ajuda a filha Mariah diariamente com as atividades escolares. Foto: Clícia Araújo

A pandemia do coronavírus impôs à muitas famílias uma convivência nunca antes possível. Homens e mulheres, pais e mães, viram-se às voltas com o home office, o serviço doméstico, os cuidados com as crianças e a necessidade de serem professores de seus filhos.

“Nesse tempo de dificuldade temos que romper e cada um fazer a sua parte. Tivemos que dividir as atividades domésticas, eu ajudo a Esther com as tarefas de aula enquanto a mãe dela está fazendo outra coisa. Dividimos os afazeres para a família andar e não sobrecarregar ninguém”, contou Paulo Edson dos Santos.

Paulo relatou ainda que, sempre que pode, dá uma forcinha para incentivar a filha para que ela não perca o gosto pelos estudos, pois a educação é a ferramenta transformadora e não tem outra igual. Se a família não acompanha, a criança acaba perdendo o interesse.

O servidor incentiva a filha Esther a manter o ritmo dos estudos. Foto: Clícia Araújo/SEE

Há ainda pais que precisam sair de casa para ir presencialmente ao trabalho. Provavelmente, os filhos ficam em casa. Assim mesmo, é preciso estabelecer uma rotina e acompanhá-los quando retornarem.

A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), parabeniza os pais acreanos pela passagem do Dia dos Pais, data comemorada anualmente, no segundo domingo de agosto no Brasil. Este é o momento dos filhos homenagearem e agradecerem aos papais toda a companhia, suporte e carinho recebido ao longo de suas vidas.

O dia dos pais pelo segundo ano consecutivo será diferente, com novas preocupações e formas de comemorar e de conviver com os filhos. E o presente que Paulo Edson, Agnaldo Dantas, e talvez a maioria dos pais gostaria de ganhar, era o fim da pandemia.

Sr. Agnaldo se aproximou mais da filha com a pandemia. Foto: Clícia Araújo/SEE

E mesmo com a pandemia, a data não precisa passar em branco, ainda que exija outras formas de comemoração. O intuito é homenagear todos os pais, homens carinhosos, amorosos, guerreiros, protetores e trabalhadores.

Apesar da vacinação já está em estágio avançado, em muitas cidades do país, ainda assim, provavelmente, alguns pais passarão este dia longe dos seus filhos devido à pandemia, enquanto outros estarão cada vez mais pertinho dos seus justamente por causa dela.

Paulo Edson se reversa com a esposa para estudar com a filha. Foto: Clícia Araújo/SEE