Pacto pela Alfabetização mobiliza mais de 12 mil educadores alagoanos

Alagoas

26.06.2018

Texto de Manuella Nobre

O Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá, virou palco para discussões e apresentações exitosas da edição 2017 do Pacto Nacional da Idade Certa (Pnaic), nesta segunda-feira (25), em seminário com a presença de educadores e dirigentes das redes estadual e municipal de Educação.

O Pnaic é um compromisso assumido pelos governos federal, estaduais e municipais desde 2012, que visa atender à Meta 5 do Plano Nacional da Educação (PNE), que estabelece a obrigatoriedade de “alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental”.


Em Alagoas, mais de 12 mil educadores foram contemplados na edição 2017 do Pnaic. Iniciado em 2013, o pacto é liderado por um Comitê Gestor Estadual para Alfabetização na Idade e o Letramento de Alagoas - integrado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Rede de formação

A edição 2017 do Pacto contou com seis formações no total, com 96 horas presenciais, para 440 formadores locais. Os conhecimentos e experiências foram multiplicados entre mais de oito mil professores alfabetizadores e da educação infantil, quase 1.400 coordenadores pedagógicos da educação infantil e ensino fundamental, 511 articuladores de ensino e mais de 1.800 mediadores de aprendizagem do Programa Novo Mais Educação.


A superintendente do Sistema Estadual e coordenadora estadual do Pnaic, Wilany Felix, destaca a importância do programa. “A dimensão do Pnaic 2017 foi incrível, e a gente entende a importância deste programa para a formação docente e prática em sala de aula. Agradecemos imensamente a todos pelo comprometimento. O Pacto vem se fortalecendo e a gente percebe o quanto esta formação é importante para o profissional que a recebe”, destaca Wilany.

O professor Marcos Ricardo de Lima, representando a Ufal, também enumera os benefícios desta aproximação entre universidade e escolas. A universidade é responsável pela formação que o Pacto oferta aos educadores.

“As políticas públicas se realizam na escola e o Pnaic é um dos programas que faz com que uma parte destas políticas, no que tange à alfabetização, alcance no seu público alvo, o professor e o aluno”, declara Marcos.

Socializando experiências

Uma mesa-redonda, liderada pelo professor da Ufal, Elton Casado Fireman, coordenador de formação do programa, apresentou o tema ‘Pnaic e a formação continuada de professores’, seguida das apresentações de várias experiências dos formadores locais.


Uma delas foi a vivenciada pela coordenadora pedagógica Ladivane de Oliveira Lopes e mais sete professoras na Creche Escola Maria Liege Tavares, em Maceió. Ela expôs os resultados do projeto ‘Linguagens na primeira infância: vivências significativas a partir das contribuições do Pnaic’.

“Após este trabalho, observamos um olhar mais atento e uma escuta mais sensível, aprimorando o que a gente estava fazendo em nosso espaço. Desenvolvemos vários projetos: da linguagem simbólica, a partir da construção de brinquedos com peças de encaixe, à bandinha, a partir do estudo da música ‘Seu Lobato e os animais’, e a experiência científica, observando a densidade de elementos”, lista Ladivane.


Declarando sua paixão pela alfabetização, a formadora Ana Sara Maria de Brito de Oliveira ressalta o aprendizado a partir das experiências com professores no município de Campestre. “Observamos os professores mais animados e ainda mais próximos dos alunos. Amo criança, amo o que faço e procuro contagiar a todos. Eu vejo nas crianças a mudança que esperamos para o mundo e o Pnaic nos dá abertura para trabalhar isto”, avalia Sara.