Pernambuco
18.07.2025Nesta sexta-feira (11), professoras e estudantes da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco participaram do evento de lançamento do projeto “Nanotecnologia como ferramenta de inclusão de gênero nas Ciências Exatas e Engenharias”, promovido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Universidade de Pernambuco (UPE). O evento aconteceu no Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (LITPEG), localizado no bairro da Cidade Universitária, no Recife, e teve como missão fomentar o ingresso e a permanência de meninas e mulheres nas áreas das Ciências Exatas, Engenharias e Computação, por meio da experimentação científica com foco em nanotecnologia, a área dedicada à manipulação da matéria em escala atômica e molecular, com aplicações inovadoras em diversos campos da ciência e tecnologia.
A iniciativa foi aprovada na Chamada CNPq/MCTI/Mulheres nº 31/2023 – Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação e é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em sua primeira edição, o projeto envolve seis escolas da rede estadual, selecionadas com base em critérios de relevância educacional e territorial. Além disso, outras 26 escolas dos municípios de Recife e Jaboatão estavam presentes.
Durante um ciclo de três anos, as alunas serão acompanhadas por pesquisadores, suas professoras nas escolas e o grupo de estudos de Relações Étnico-Raciais, em um processo de formação interdisciplinar que alia teoria, prática científica e reflexão social.
A professora Flávia Agostinho, orientadora do projeto, falou sobre o impacto dessa iniciativa. “Se tivéssemos que resumir em uma palavra seria oportunidade. Elas adentram o mundo da universidade, antes de passar pelo Enem. É uma oportunidade também delas acabarem voltando para o meio escolar como multiplicadoras. O projeto em si prevê isso, mas, naturalmente, elas vão querer divulgar tudo aquilo que elas vão vivenciar, principalmente dentro do recorte que é a nanociência e nanotecnologia”, afirmou a docente.
Entre os principais objetivos dessa iniciativa estão o desenvolvimento de conteúdos e métodos pedagógicos baseados em evidências, com foco na realidade brasileira; a capacitação de professoras da educação básica e, posteriormente, alunas participantes com conteúdo inovador e acessível; o fortalecimento das redes de apoio territorial para formação científica com foco em desafios locais solucionáveis com nanotecnologia; e a integração do projeto a outras ações formativas do poder público, especialmente cursos à distância ofertados pelo Ministério da Educação.
O lançamento oficial do projeto marcou o início de uma trajetória que visa não apenas ampliar o acesso feminino à ciência e tecnologia, mas também redefinir os espaços de
construção do conhecimento científico com mais equidade e diversidade.
Foto: Tati / Midia Social MENINAS NANOTECH