Secretaria de Educação do Acre abre oficialmente censo escolar de 2025

Acre

27.05.2025

A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), por meio do Departamento de Dados e Estatísticas Educacionais, realizou na manhã desta terça-feira, dia 27, no auditório da Estácio/Unimeta, a abertura do censo escolar de 2025, ação que irá se estender por todas as unidades escolares da rede estadual, das redes municipais e também pela rede privada de ensino.

A abertura do censo escolar de 2025 contou com a presença do secretário Aberson Carvalho (SEE), do secretário de educação de Rio Branco, Alysson Bestene, da presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Elizete Machado e da representante da Undime e secretária de educação de Senador Guiomard, Elizângela Martins.

Atualmente, a rede estadual de ensino conta com 139 mil estudantes, distribuídos em 592 escolas, entre urbanas, rurais e indígenas. Todas as redes (municipais, estadual e privada) contam com 1.523 escolas e um total de aproximadamente 248 mil estudantes.

O chefe do departamento de dados e estatísticas educacionais, professor Wanderley Rocha, destaca a importância da realização do censo escolar. “O censo tem o dever de fazer o retrato da educação em nosso Estado, levantar cada dado relacionado à escola, aos alunos e também às equipes escolares. São informações que irão propiciar fazer as políticas públicas da educação”, enfatiza.

A partir dos dados levantados pelo censo, explica o professor, acontece a divisão dos recursos. “São recursos que são distribuídos para os Estados e municípios e eles são calculados com base nas informações do censo escolar e a nossa meta, este ano, continua sendo ser o primeiro Estado a entregar os dados e, inclusive, nossa meta é estabelecer um prazo mais curto daquele estabelecido pelo Inep”, afirma.

O professor Erasmo Lessa, coordenador do núcleo da SEE em Plácido de Castro, fez questão de agradecer a iniciativa da Secretaria. “Quem conhece de educação sabe que o censo é fundamental para termos todas as informações e, sendo bem feito, com a inserção dos alunos de maneira correta, é garantia de recursos”, disse.

Já para o diretor da escola Lindaura Martins Leitão, localizada no conjunto Eldorado, o censo é uma ferramenta fundamental para ajudar a escola. “É através dele que a gente tem acesso aos dados de todos os alunos e com tudo o que necessário para nos ajudar”, enfatiza.

O coordenador do núcleo da SEE em Capixaba, professor Ocimar Pereira, enfatiza que a Secretaria não tem medido esforços para levar o censo a todos os municípios. “Um censo bem feito, bem alimentado, faz com que os recursos cheguem e a gente tenha uma educação de qualidade e quem ganha com isso são os alunos”, destacou.

 

Gerando receita

Durante a sua intervenção, o secretário Aberson Carvalho (SEE), fez questão de destacar a importância do censo escolar para as redes de ensino, sendo elas, na sua avaliação, “um elemento gerador de receita”. “Por isso não trata-se apenas de um questionário, mas de políticas públicas, um retrato do chão da escola”, disse.

Ele destacou os desafios que ainda precisam ser enfrentados pela educação em nosso Estado, pois em torno de 25% da população (cerca de 250 mil pessoas) ainda não conclui o ensino médio e 8% dos moradores do Acre (76 mil pessoas) ainda não são alfabetizados.

“Temos ainda um caminho a percorrer, pois na década de 90 o desafio era o acesso à educação e esse problema foi superado, hoje há vagas nas escolas. Hoje, o nosso desafio é com uma educação de qualidade, somos o Estado com a maior nota da prova Saeb na região Norte”, explica.

O desafio que se precisa enfrentar, na sua avaliação, é um olhar mais atencioso para o ensino fundamental, anos finais, que historicamente tem sido negligenciado. “Precisamos de um olhar para essa etapa, pois essa negligência é histórica e ela é importante para o resultado final, por precisamos olhar para essa etapa como uma prioridade”, ressaltou.

Outro ponto abordado durante sua fala foi a questão da municipalização do ensino fundamental, anos iniciais. “Precisamos avançar com esse processo de municipalização, pois educação se faz na ponta”, frisou.