Secretarias do RJ e PR apresentam dados sobre educação nas prisões

23.04.2012

Representantes das secretarias de Educação dos estados do Rio de Janeiro e do Paraná apresentaram na manhã desta segunda-feira (23) os resultados de programas educacionais para jovens e adultos em cárcere privado, durante o seminário de educação nas prisões promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília.




Dos 15.513 presos do estado do Paraná, somente 3.973 são atendidos por programas da secretaria do estado, segundo o representante Edilson Gomes Costa. “Infelizmente fatores como falta de espaços adequados nas penitenciárias, faz com que o Paraná não tenha condições de atender mais detentos”, apontou.


De acordo com Edilson, para tentar resolver alguns dos problemas enfrentados, a secretaria de Educação vem promovendo parcerias. “A parceria firmada com a secretaria de Justiça do estado (Paraná) tem melhorado o programa de escolarização nas prisões”, disse.


Cristina Marcelo, da diretoria especial de Unidades Escolares Prisionais e Socieducativas da secretaria de Educação do Rio de Janeiro, apresentou as medidas promovidas para solucionar os problemas do Estado. “Como no resto do Brasil, a falta de espaço é um dos problemas enfrentados no Rio de Janeiro. Criamos dois espaços educacionais, que funcionam como anexos das escolas existentes, estendendo para duas unidades prisionais o acesso, como forma de aumentar o número de presos participantes”, contou Cristina. Ela afirmou que já foram realizados quatro fóruns de educação em prisões no estado para incentivar o debate com a sociedade e outras instituições que ajudem nos projetos existentes.


Seminário


Também esteve presente no seminário a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, que destacou a importância do evento. “Nós temos cerca de 514 mil presos no país e o desafio nosso é fazer com que esses apenados, que estão privados de liberdade, encontrem nessas unidades condição de ressocialização. Para levar isso adiante, tarefas relacionadas à educação estão em primeiro plano”, disse a ministra.


Segundo Maria do Rosário, o perfil da população carcerária brasileira continua sendo de pessoas mais pobres e de baixa escolaridade. “Essa marca revela uma situação perversa de baixas oportunidades e circunstâncias de violência. A nossa meta é trabalhar de forma integrada os temas de educação como uma ponte para uma vida com qualidade superando a violência que fez com esses encarcerados lá estivessem.”


Ascom/Consed