Rio de Janeiro
09.09.2025Nesta segunda-feira (8/9), Dia Mundial da Alfabetização, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) realizou um evento na sede da pasta, na Cidade Nova, Região Central do Rio, para celebrar a data e debater o tema, com o objetivo de destacar a importância da leitura e da escrita para a formação de uma cidadania plena. O encontro reuniu integrantes do Comitê Nacional Criança Alfabetizada, entre eles representantes da secretaria, membros da União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e diversos secretários municipais de Educação.
– A escola é o portal da transformação, e sua principal missão é educar. Acreditamos que, com uma educação sólida desde a alfabetização, teremos estudantes mais preparados. Só conseguiremos alcançar esse objetivo com o reforço no regime de colaboração entre todos. Devemos promover mudanças significativas e proporcionar uma aprendizagem mais consolidada para todas as crianças e jovens. A gente sabe que será uma longa jornada, mas esse é o legado que queremos deixar – afirmou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.
A data foi instituída pela Unesco e pela ONU em 1967, visando enfatizar a importância da alfabetização no desenvolvimento social e econômico global. No Brasil, foram registrados diversos avanços nas últimas décadas, mas também houve obstáculos significativos, especialmente no que diz respeito às desigualdades regionais e à qualidade da educação básica e de jovens e adultos.
– E um dia, a gente se descobriu alfabetizadora. E isso é uma das etapas mais prazerosas, porque nós víamos a mudança. Buscamos, a cada dia, que todos estejam alfabetizados, que todos tenham a mágica de ler, de ser capaz de interpretar esse mundo, de propor algo novo, para transformar a vida. É encantador quando a criança se descobre leitora. E esse sonho de se alfabetizar pode ser a qualquer momento da vida, como vemos com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) – disse Myrian Medeiros, subsecretária de Planejamento e Ações Estratégicas da Seeduc-RJ.
O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é uma política criada para assegurar o direito à alfabetização na idade correta, para que todas as crianças brasileiras sejam alfabetizadas até o fim do 2º ano do Ensino Fundamental, através de ações colaborativas entre União, estados, Distrito Federal e municípios.
– Como professora alfabetizadora, gestora e participante deste comitê da CNCA tão importante, vejo que vivemos um momento de muita reflexão. Neste dia seguinte ao Dia da Independência de nosso país, é importante que possamos desenvolver, cada vez mais, a alfabetização e o letramento de nossas crianças, jovens e adultos – destacou Magda Sayão, secretária de Educação do município de Mendes.
A alfabetização é a base da educação, sendo um direito humano fundamentado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). No entanto, os desafios são enormes, sendo ainda uma realidade distante para muitas pessoas, que encontram dificuldades para se alfabetizar ou continuar os estudos.
– O comitê tem maior relevância ainda quando nós pensamos nesse cenário que nós vivemos. Por isso, estamos aqui e escolhemos seguir esse caminho como educadores. As barreiras são grandes, não é uma tarefa fácil, mas nós somos capazes e devemos acreditar que é possível. Isso é importante em vários níveis, sendo a base para um futuro melhor para todos. Ensinar a ler é realmente oferecer aos alunos o exercício pleno da cidadania – comentou a secretária de Educação do município de Levy Gasparian, Vanessa Souza da Silva, que também integra o comitê.
Assim, reduzir desigualdades educacionais e oferecer suporte técnico e financeiro às redes de ensino são objetivos não apenas deste comitê estratégico, mas de toda a sociedade, para garantir que cada criança alfabetizada tenha acesso a uma educação de qualidade.
– Alfabetizar é um encantamento, algo mágico, tanto para o professor como para o aluno. É algo que mexe muito com a gente. A alfabetização é um abrir de olhos, e uma nova forma de viver a vida – resumiu a superintendente de Planejamento e Integração das Redes, Maria Helena Barroso Ribeiro.
Foto: Sandra Barros