Simulado de Júri Popular debate literatura e o preconceito racial na ETE de Arcoverde

Pernambuco

11.09.2019

Estudantes do segundo ano da Escola Técnica Estadual (ETE) Professor Francisco Jonas Feitosa Costa, localizada em Arcoverde, está trabalhando de forma diferente os gêneros argumentativos e a literatura. Com intuito de estimular a leitura, a criatividade, o pensamento crítico e o protagonismo juvenil, o professor de língua portuguesa e literatura, Raul Guilherme, desenvolve o projeto “Leitura e argumentação para a construção do pensamento crítico”, onde simulam um júri popular. 

Em 2018, por meio do Plano Nacional de Livro Didático (PNLD), os professores escolheram as obras paradidáticas para biblioteca da escola. Este ano, o livros foram recebidos e estão sendo trabalhados de forma intensa na ETE. As obras são “O ódio que você semeia” de Angie Thomas, “Olhos d’água” de Conceição Evaristo e “Quarto de Despejo” de Carolina Maria de Jesus. Para esse Júri popular, o livro trabalhado está sendo o de Angie Thomas, e os demais estão sendo usados como base argumentativa. Outro tema discutido no projeto foi “Cultura negra e a mulher negra na Literatura”, onde, inspirados por uma formação realizada pela Gerência Regional de Educação (GRE) Arcoverde, debateram sobre o  preconceito racial. 

Todas as turmas estão envolvidas: são sete jurados, plateia, promotores e defensores, réu, oficiais de justiça, escrivão, policial e mediadores. O projeto é realizado durante ao longo da semana e nesta terça (10) acontece a etapa de argumentação entre as partes (defesa e acusação) no júri. “Primeiro trabalhei a leitura do livro, depois trouxe outras fontes de pesquisa para incentivar que eles fossem além, depois trabalhei o gênero argumentativo e o formato do Júri e agora estamos na execução do mesmo”, explica o professor Raul. “De certa forma, acredito que seja um projeto importante, pois mostra aos nossos alunos o seu papel como futuros cidadãos atuantes na sociedade, principalmente diante do contexto político, econômico e social que vivemos atualmente”, complementou.

“Participar do projeto do Júri está sendo uma experiência incrível. Além de aprender muito sobre o tema, fazer pesquisa, ir a fundo no tema, ajudou a muitas pessoas que querem seguir a carreira de direito a ter uma experiência”, fala a estudante Katarinne da Conceição Florêncio. Para o estudante Josué Quirino o trabalho está sendo muito bem desenvolvido. “Como aluno do segundo ano minha turma está saindo a frente, pois conseguimos absorver muitos assuntos diferentes, observar várias realidades que ocorrem fora do mundo acadêmico, fora da escola e podemos tirar também desse trabalho muitas informações para praticar nossos direitos”, declarou.