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19.05.2016Diversos estudos identificam a falta de políticas docentes capazes de formar, atrair e manter em sala de aula os melhores profissionais, mas os caminhos institucionais para conseguir a mudança não são claros. Com o objetivo de contribuir para a definição de ações que levem a essa mudança, o Todos Pela Educação (TPE) idealizou a pesquisa “Formação de Professores no Brasil – Diagnóstico, agenda de políticas e estratégias para a mudança”, coordenada pelo professor Fernando Luiz Abrucio, da Fundação Getúlio Vargas.
Este estudo, que contou com o apoio do Itaú BBA e o Instituto Singularidades, deu origem a publicação homônima que acaba de ser lançada pelo TPE, em parceria com a Fundação Santillana e a Editora Moderna.
O estudo contemplou, em primeiro lugar, uma revisão da literatura das pesquisas relativas à pertinência e à suficiência dos programas de formação de professores existentes no Brasil. Esse primeiro passo trouxe elementos para a definição de escopo e para indagar os atores estratégicos numa segunda fase do estudo, na qual se foi a campo para realizar entrevistas em profundidade e grupos focais que permitiram identificar as principais problemáticas e proposições para avançar no terreno das políticas públicas.
Entre os setes problemas na formação docente apontados pelo estudo estão, por exemplo, a atratividade da carreira e a integração do tripé formativo – universidades-centros formadores/redes de ensino/escolas. Já entre as quinze principais medidas para solucionar esses problemas estão mudanças nos currículos de pedagogia e licenciaturas, adoção de escolas públicas de referência e programas de estágios e residências pedagógicas
“A melhoria da formação e da carreira do professor é uma das 5 Bandeiras do TPE, desde 2010”, conta Alejandra Meraz Velasco, superintendente do Todos Pela Educação. “E mesmo sabendo que não há “bala de prata” em Educação, essa é a Bandeira que se destaca pelo enorme impacto que tem na aprendizagem das crianças e jovens e esse estudo e publicação vêm para apoiar essa agenda entendida pelo movimento como estratégica para a melhoria da qualidade da Educação brasileira nos próximos anos”, completa.
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